13/02/12 - 06:31

Aqueles tempos quando tudo era uma aventura. Quando a motivação era incrivelmente maior do que o questionamento, e a felicidade estava nas coisas simples. O cotidiano lhe dava saudade, muita saudade. Coisas específicas, talvez estranhas faziam ele se lembrar com carinho daquela época. O cheiro das pessoas, a textura da parede, tudo estava guardado no cérebro dele.

Mas de alguma forma nós temos que seguir em frente. Só existe uma chance de aproveitar um momento. A vida é um trem que nunca para, e até aquele momento ele não estava gostando da viagem. As esquinas estavam cada vez mais sujas, e o mundo cada vez mais cinza. Era como se afogar em um mar de tédio e problemas. A felicidade já não era mais satisfatória, só a euforia importava, para conseguir respirar.
Mentira, ganância, medo, covardia, fraqueza, rigidez. As árvores ficaram tristonhas, e as caminhadas se tornaram cansativas. O que estava acontecendo com a vida? O que era todo esse sentimento? Como esse tipo de coisa acontecia? Quantas perguntas podiam existir? Existia alguma resposta? É tudo tão incerto, o mundo é um tabuleiro onde se passa um jogo baseado totalmente no acaso, de uma forma especialmente cruel.

Alguém poluiu a fonte da vida, alguém a envenenou.